ENCURTAMENTO DE ROTAS GERA FALTA DE TRANSPORTE NA TERMINAL DE T-3

O encurtamento de rotas, as famosas ligações e as recentes técnicas de entrevistas usadas pelos transportadores semi-colectivos de passageiros estão a cada dia agudizando o sistema de transporte de pessoas e bens nas cidades de Maputo e Matola. Na Matola, concretamente no bairro T-3, o problema é visível a qualquer um, facto que obriga a polícia municipal a estar na terminal às primeiras horas, o que tenta minimizar mas não acaba com o problema.

No bairro T-3, mesmo para fazer ligações o passageiro é questionado sobre a distância que vai seguir viagem, pois com os cobradores e motoristas só serve quem desce perto e isso custa 30 meticias.

Com a entrada da covid-19 em 2020, o cenário de escassez de transporte semi-colectivo naquele ponto da Autarquia da Matola aumentou, reduzindo o campo de actuação dos que dependem do negócio e do “Chapa” para alimentarem suas famílias.

Cidadãos entrevistados pela nossa equipa de reportagem dizem que a falta de transporte naquela terminal é causada pelos próprios cobradores e motoristas pois, obrigam com que os passsageiros façam ligações como garantia de tomar o transporte até ao destino final.

As ligações são feitas durante o momento do desvio do semi-colectivo para estacionar frente a fila enorme de passageiros que madrugam em busca do transporte para seus locais de trabalho. As ligações no bairro T-3 estendem-se todo dia e aquele que não tem os 30 meticais cobrados pelos transportadores só pode esperar pelo autocarro que passa de lá superlotado e com a covid-19, o cenário fica no só Deus.

Embora a polícia municipal esteja até às 9 horas na Terminal do T-3, a demanda para a fiscalização é maior e apenas os passageiros com destino à cidade de Maputo veem seus direitos defendidos, ficando os dos outros destinos mercê da sorte.

Orlando Paulo, morador do bairro Ndlavela, confirma ser difícil tomar o chapa na terminal do bairro T-3 e relata.

“Tem sido difícil subir chapa nesta terminal pois os cobradores costumam perguntar-nos para onde vamos e quando eles percebem que vamos a terminal eles negam de nos levar. Gostaria que o governo mandasse uma brigada de fiscais a terminal da T-3, acredito que assim vai melhorar a situação”, avança Orlando Paulo.

Marta Mazivila é estudante e moradora do bairro Machava KM15 frequenta a T-3 por causa da escola e conta o seu dia-a-dia.

“Subir chapa na T-3 é muito difícil porque os cobradores dizem que não chegam a Matola Gare terminam na Coca-Cola mas se pagar ligações eles levam e terminam na Matola Gare”, conta Marta.

Outro entrevistado é Fridolé Kiomba, morador de Marracuente. Kiomba conta que frequenta a terminal da T-3 quase sempre e relata o histórico.

“Tem sido difícil subir chapa nesta terminal contando que as paragens andam muito lotadas e não há transporte suficiente. A mesma falta de transporte é causada pelas condições das estradas, elas não estão em condiçoes de circulaçao”, aponta.

À semelhança de muitos bairros, T-3, está neste momento da pandemia a precisar de um correctivo por parte das autoridades municipais, para que o sistema de transporte semi-colectivo de passageiros seja melhorado.

Alguns automobilistas entrevistados pela nossa reportagem sem querer ser identificados justificam que suas atitudes partem do princípio de que os seus carros não podem exceder o limite de lotação mas que os famosos “smartkickas”, não tem coronavírus. “Isso mano, é injusto. Veja só, aqueles autocarros carregam até demais, será que lá não tem covid. Devem nos considerar também, nós não fazemos isso porque é bom, também temos família que passa mal noutras terminais. Que o Governo veja o que faz por nós”, defendem-se.

 

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Agostinho Muchave https://tv.jornalvisaomoz.com

Agostinho Julião Muchave ou simplesmente Agostinho Muchave, é um cidadão moçambicano, nascido em Massinga, Inhambane, a 13 de Novembro de 1986. Muchave, cresceu em Maputo cidade e província onde chegou nos princípios de 1988 com sua família que fugia da pobreza absoluta e dos conflitos militares que assolavam aquela região da zona sul do país.
Em Maputo, Agostinho Muchave, teria encontrado refúgio junto de sua família com apoio de alguns conhecidos de seu pai(Julião Nhiuane Gemo Muchave), após residir na residência de seus avós maternos na cidade de Maputo(Alto-Maé), por mais de 4 anos. Muchave apesar de ter nascido no meio à guerra de desestabilização do país provocada pela Renamo, conseguiu sobreviver e como muitos jovens tem muito por contar.
Muchave, diferente de muitas crianças da época, só conseguiu estudar numa escola oficial aos 10 anos, fazendo a 1ª classe. Aliás no mesmo ano em que o mesmo entra para escola, faz duas classes sendo uma por cada semestre chegando ao ano de 1997 já na terceira classe. “Frequentei aquelas duas classes no mesmo ano porque a escola estava a fazer experiência, sendo que eramos os alunos de primeira via e com idade muito superior, viu-se a instituição puxar-nos e também experimentar outro nível pois era uma escola da igreja Católica”, conta.
Muchave, fez o seu ensino primário em diversas escolas devido a falta de vagas na altura para estudar numa escola pública, mas em 1999 consegue a proeza e em 2003 entra para o ensino técnico profissional, fazendo seu nível técnico em serralharia Mecânica no Instituto Industrial e Comercial da Matola, donde só saiu nos finais de 2006. Frustrado em 2007 por não ter conseguido fazer o curso de professor devido a falta de fundos, Muchave decide ir atrás do seu sonho de Adolescência, “fazer rádio”.
Ainda no ano de 2007, Agostinho Muchave acompanhado do seu amigo e vizinho Nélio Nairrimo, saem com destino a Rádio Trans Mundial, onde vieram a conseguir vaga para aprender e estagiar em matérias de Jornalismo Básico, Edição e Produção bem como apresentação de programas e radionovelas.
A experiência foi muito boa até que em agosto de 2008 Agostinho Muchave, sai junto do seu amigo da Rádio Trans Mundial e abraçam a recém formada Rádio Cidadania(100.9FM). Naquela rádio cruzam com o gestor da mesma João da Silva Matola, que em troca de produzirem Gingles da Rádio e Publicidades, continuam sua carreira como parceiros e colaboradores da mesma.
A parceira só viria a durar 4 meses, sendo em 2009, Agostinho Muchave decide abraçar uma nova área profissional, passando a trabalhar como assistente de contabilidade e estafeta de uma empresa sedeada aqui em Maputo, pertencente a uma família indiana.
Agostinho Muchave, trabalhou por 6 meses e o bicho de rádio tomou conta dele que dispensava algum tempo para continuar a gravar radionovelas na Rádio Cidadania isso ainda em 2009. Mesmo fascinado em ganhar dinheiro, Muchave decide em 2011 após uma série de eventos insatisfatórios abraçar a comunicação como seu único meio até que Deus o tenha. No ano 2011 em Agosto, Muchave volta a Rádio Cidadania, esta que já estava num endereço novo além do da Marien Ngoabi, e por lá fica Chefe do Departamento de Marketing e Publicidade e daí continua a produção de programas, bem como auxiliando o seu companheiro de trincheira Nélio Nairrimo na área técnica.
Agostinho Muchave, curioso e criativo, começou seu interesse pela Electrotecnia, chegando a fazer formação Online na matéria, com tutores do Brasil em Diagnóstico e Reparação de equipamentos informáticos. Agostinho Muchave, para além de ser responsável de Marketing e Publicidade na Rádio, colaborou também para a Associação Moçambicana para Promoção da Cidadania que é proprietária da Rádio Cidadania como assistente de Comunicação e Imagem durante 2 anos.
Agostinho Muchave para de Ser Jornalista é produtor de programas de rádio, música, roteirista de radionovelas, trabalho que o faz profissionalmente desde 2014. Agostinho Mcuchave após seu percurso com ONG´s e rádios, em Maio de 2013 entrou para a Rádio Voz Coop, a qual é colaborador até a data actual. No meio deste percurso de Rádio Jornalista, formado no nível Médio, fez uma formação em Finanças Públicas, Contabilidade Geral e Financeira, Género e Mulher, WebDesigner, Indesigner, Gestor de Redes Sociais e Criador de Aplicativos usando várias linguagens informáticas e softwares, tendo criado várias rádios online de Moçambique e Websites de diversas instituições e respectivas redes sociais, engajadas e em funcionamento.
Devido a sua peculiar curiosidade pela Tecnologia, Agostinho Muchave, está neste momento a desenhar uma rede social aliada o novo projecto em busca de financiamento denominado Visão Novo Moçambique Tv & Rádio. No recente projecto, o jovem comunicador busca a popularização da liberdade de opinião e imprensa através da internet num país onde as políticas ainda se negam a oficializar os canais de rádio e tv bem como jornais pela internet, “negando assim a liberdade de imprensa e expressão como se pretende no país”.
“A tomada de qualquer decisão sobre as políticas e o futuro de cada cidadão devem ser feitos de maneira informada e com conhecimento de causa e consequências. Isso eu chamo de liberdade de escolha. E não o que vivemos em que alguém comenta e é alvo de perseguição ou mesmo morto”, realça o Jornalista.
Agostinho Muchave é responsável desde 2018 pela execução e realização do Jornal Visão, uma entidade registada em Moçambique em nome de Cátia Mondlane, que viu o empenho do jovem e o entregou para a gestão aquele órgão de informação. Muchave, já colaborou com várias instituições públicas e privadas e continua fazendo esse trabalho na área de design e formação em matérias de comunicação e jornalismo como é o caso do Instituto Superior Gwaza Muthini, Ministério do Interior(Relações Públicas) e diversos jornais como GENERUS, NÓS, Visão, GWAZANEWS, BOLETINS DAS DIRECÇÔES PROVINCIAIS DE SAÚDE e com outras ONG´s como é o caso do CIP, REDE DA CRIANÇA, Associação dos Defensores dos Direitos da Criança, Óptica Vista Alegre, Southland Waters e muio mais.
Não pode caber em dez parágrafos a história e percurso de um homem cuja capacidade é inestimável e o conhecimento é vasto.

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