Grossista preparado para responder à demanda durante a Quadra Festiva

O mercado grossista do Zimpeto na capital moçambicana, tem produtos suficientes para cobrir a demanda durante a quadra festiva ao nível nacional. A certeza é trazida pelos vendedores na voz da presidente da Comissão dos vendedores do maior mercado grossista do País, Mónica Mondlane, durante uma entrevista especial ao jornal Visão Moçambique.

Mónica Mondlane - Presidente da Comissão dos Vendedores do Mercado Grossista do Zimpeto
Mónica Mondlane – Presidente da Comissão dos Vendedores do Mercado Grossista do Zimpeto

Estamos preparados para abastecer o País com produtos da primeira necessidade, como batata-reno, cebola e tomate, todos produzidos pelos agricultores nacionais dos distritos de Moamba, Boane e Matutuine, na província de Maputo, Vilanculo em Inhambane e distrito de Chókwè em Gaza, onde o tomate poderá ter um pouco de défice devido à irregularidade das chuvas que assolam um pouco os distritos Boane e Moamba”, disse Mónica Mondlane.

A Presidente, disse que em relação aos preços durante a quadra festiva poderão rondar entre 800 a 900 meticais a caixa de tomate, batata-reno dos 350 meticais actualmente praticados poderá sofrer uma subida chegando a ser vendida entre 500 e 600 meticais, apontando que os produtores nacionais até então garantem que haverá o estoque.
A gestora garante do maior mercado grossista de Moçambique, avançou que com a entrada na segunda semana de Dezembro de mais camiões de tomate, há previsão de baixar os preços. “Porque os grandes produtores ponderam tirar os produtos das suas machambas em alguns dias por isso tenho certeza que vai baixar o preço do tomate significativamente até próxima semana.

Em relação ao repolho, Mónica diz não haver razão deste subir dos preços porque “temos muitos produtores nacionais com muito repolho. Isso vai manter os preços que são actualmente praticados no mercado, para accionar os preços, dependemos da vizinha África do Sul considerando que o nosso país não produz uma boa quantidade, aliado a isso está preço do rand que na maioria das vezes dita o preço a praticar em relação, por exemplo, a batata importada, numa altura que agora não há Batata-reno nacional.

Representante dos Produtores Nacionais no Sector de Vendas no Mercado Grossista do Zimpeto, Ivo Mandunga
Representante dos Produtores Nacionais no Sector de Vendas no Mercado Grossista do Zimpeto, Ivo Mandunga

Por seu turno o Representante dos Produtores Nacionais no Sector de Vendas no Mercado Grossista do Zimpeto, Ivo Mandunga, confirma a versão da Presidente da Comissão dos Vendedores segundo a qual estão criadas condições para alimentar o país através dos produtos nacionais dizendo também que estão preparados para distribuir mercadoria ao nível nacional durante a quadra festiva.
Mandunga lamenta que alguns vendedores e produtores tem rumado pelo caminho da especulação sob pretextos de que já não tem produtos nas suas machambas enquanto isso não constitui a verdade. “Os nossos produtores nacionais estão prontos para distribuir os produtos ao nível nacional como tomate, cebola e Pimento”, disse.
Ivo Mandunga também acredita haver problemas para os produtores de baixa renda, pois estes não tem como conservar os produtos por muito tempo. Segundo nosso entrevistado e, porque não tem o apoio governamental, este é um dos factores que traz a especulação dos preços no mercado grossista do Zimpeto.
Outro factor que o representante dos produtores frisou tem que ver com a falta de organização dos próprios vendedores no que concerne a uniformização dos preços praticados.

Porque temos os países onde existe uma comissão dos preços cujo objectivo é controlar a especulação, mas cá em Moçambique não temos”.

António Pascoal representante dos Importadores na África do Sul
António Pascoal representante dos Importadores na África do Sul

Para esclarecer a onda dos preços elevados em produtos importados, António Pascoal representante dos Importadores no mercado grossista do Zimpeto, disse em entrevista ao Visão Moçambique, os próximos dias serão difíceis, pois muitos produtores daquele país vizinho, África do Sul, durante a quadra festiva e fim de ano, tem tendência de agravar preço e aliado à distância de onde são adquiridos, tendo em conta que outros são mesmo adquiridos na Fronteira da África do Sul com Zimbabué e Botsuana, em Polokwane.

Não é uma tarefa fácil, por isso que o tomate e cebola sul-africanos não poderão baixar de preço em Moçambique”, concluiu Pascoal.
Refira-se que até ao final da segunda semana do corrente mês o tomate estava à venda ao preço de 500MT a caixa com tendências de baixar ainda mais devido à disponibilidade do produto no mercado nacional.

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Agostinho Muchave https://tv.jornalvisaomoz.com

Agostinho Julião Muchave ou simplesmente Agostinho Muchave, é um cidadão moçambicano, nascido em Massinga, Inhambane, a 13 de Novembro de 1986. Muchave, cresceu em Maputo cidade e província onde chegou nos princípios de 1988 com sua família que fugia da pobreza absoluta e dos conflitos militares que assolavam aquela região da zona sul do país.
Em Maputo, Agostinho Muchave, teria encontrado refúgio junto de sua família com apoio de alguns conhecidos de seu pai(Julião Nhiuane Gemo Muchave), após residir na residência de seus avós maternos na cidade de Maputo(Alto-Maé), por mais de 4 anos. Muchave apesar de ter nascido no meio à guerra de desestabilização do país provocada pela Renamo, conseguiu sobreviver e como muitos jovens tem muito por contar.
Muchave, diferente de muitas crianças da época, só conseguiu estudar numa escola oficial aos 10 anos, fazendo a 1ª classe. Aliás no mesmo ano em que o mesmo entra para escola, faz duas classes sendo uma por cada semestre chegando ao ano de 1997 já na terceira classe. “Frequentei aquelas duas classes no mesmo ano porque a escola estava a fazer experiência, sendo que eramos os alunos de primeira via e com idade muito superior, viu-se a instituição puxar-nos e também experimentar outro nível pois era uma escola da igreja Católica”, conta.
Muchave, fez o seu ensino primário em diversas escolas devido a falta de vagas na altura para estudar numa escola pública, mas em 1999 consegue a proeza e em 2003 entra para o ensino técnico profissional, fazendo seu nível técnico em serralharia Mecânica no Instituto Industrial e Comercial da Matola, donde só saiu nos finais de 2006. Frustrado em 2007 por não ter conseguido fazer o curso de professor devido a falta de fundos, Muchave decide ir atrás do seu sonho de Adolescência, “fazer rádio”.
Ainda no ano de 2007, Agostinho Muchave acompanhado do seu amigo e vizinho Nélio Nairrimo, saem com destino a Rádio Trans Mundial, onde vieram a conseguir vaga para aprender e estagiar em matérias de Jornalismo Básico, Edição e Produção bem como apresentação de programas e radionovelas.
A experiência foi muito boa até que em agosto de 2008 Agostinho Muchave, sai junto do seu amigo da Rádio Trans Mundial e abraçam a recém formada Rádio Cidadania(100.9FM). Naquela rádio cruzam com o gestor da mesma João da Silva Matola, que em troca de produzirem Gingles da Rádio e Publicidades, continuam sua carreira como parceiros e colaboradores da mesma.
A parceira só viria a durar 4 meses, sendo em 2009, Agostinho Muchave decide abraçar uma nova área profissional, passando a trabalhar como assistente de contabilidade e estafeta de uma empresa sedeada aqui em Maputo, pertencente a uma família indiana.
Agostinho Muchave, trabalhou por 6 meses e o bicho de rádio tomou conta dele que dispensava algum tempo para continuar a gravar radionovelas na Rádio Cidadania isso ainda em 2009. Mesmo fascinado em ganhar dinheiro, Muchave decide em 2011 após uma série de eventos insatisfatórios abraçar a comunicação como seu único meio até que Deus o tenha. No ano 2011 em Agosto, Muchave volta a Rádio Cidadania, esta que já estava num endereço novo além do da Marien Ngoabi, e por lá fica Chefe do Departamento de Marketing e Publicidade e daí continua a produção de programas, bem como auxiliando o seu companheiro de trincheira Nélio Nairrimo na área técnica.
Agostinho Muchave, curioso e criativo, começou seu interesse pela Electrotecnia, chegando a fazer formação Online na matéria, com tutores do Brasil em Diagnóstico e Reparação de equipamentos informáticos. Agostinho Muchave, para além de ser responsável de Marketing e Publicidade na Rádio, colaborou também para a Associação Moçambicana para Promoção da Cidadania que é proprietária da Rádio Cidadania como assistente de Comunicação e Imagem durante 2 anos.
Agostinho Muchave para de Ser Jornalista é produtor de programas de rádio, música, roteirista de radionovelas, trabalho que o faz profissionalmente desde 2014. Agostinho Mcuchave após seu percurso com ONG´s e rádios, em Maio de 2013 entrou para a Rádio Voz Coop, a qual é colaborador até a data actual. No meio deste percurso de Rádio Jornalista, formado no nível Médio, fez uma formação em Finanças Públicas, Contabilidade Geral e Financeira, Género e Mulher, WebDesigner, Indesigner, Gestor de Redes Sociais e Criador de Aplicativos usando várias linguagens informáticas e softwares, tendo criado várias rádios online de Moçambique e Websites de diversas instituições e respectivas redes sociais, engajadas e em funcionamento.
Devido a sua peculiar curiosidade pela Tecnologia, Agostinho Muchave, está neste momento a desenhar uma rede social aliada o novo projecto em busca de financiamento denominado Visão Novo Moçambique Tv & Rádio. No recente projecto, o jovem comunicador busca a popularização da liberdade de opinião e imprensa através da internet num país onde as políticas ainda se negam a oficializar os canais de rádio e tv bem como jornais pela internet, “negando assim a liberdade de imprensa e expressão como se pretende no país”.
“A tomada de qualquer decisão sobre as políticas e o futuro de cada cidadão devem ser feitos de maneira informada e com conhecimento de causa e consequências. Isso eu chamo de liberdade de escolha. E não o que vivemos em que alguém comenta e é alvo de perseguição ou mesmo morto”, realça o Jornalista.
Agostinho Muchave é responsável desde 2018 pela execução e realização do Jornal Visão, uma entidade registada em Moçambique em nome de Cátia Mondlane, que viu o empenho do jovem e o entregou para a gestão aquele órgão de informação. Muchave, já colaborou com várias instituições públicas e privadas e continua fazendo esse trabalho na área de design e formação em matérias de comunicação e jornalismo como é o caso do Instituto Superior Gwaza Muthini, Ministério do Interior(Relações Públicas) e diversos jornais como GENERUS, NÓS, Visão, GWAZANEWS, BOLETINS DAS DIRECÇÔES PROVINCIAIS DE SAÚDE e com outras ONG´s como é o caso do CIP, REDE DA CRIANÇA, Associação dos Defensores dos Direitos da Criança, Óptica Vista Alegre, Southland Waters e muio mais.
Não pode caber em dez parágrafos a história e percurso de um homem cuja capacidade é inestimável e o conhecimento é vasto.

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