Guebuza remete esclarecimentos sobre contratação das dívidas ao Comando Operativo

O antigo presidente da República que responde  na qualidade de declarante sobre as dívidas ocultas no tribunal judicial da cidade de Maputo, no julgamento que está decorrer nos serviços penitenciários da cadeia de máxima segurança da Machava B.O, disse que não   participou na aprovação do projecto de Protecção da Zona Económica Exclusiva e remeteu quaisquer esclarecimentos sobre a matéria ao Comando Operativo, porque foi este a quem delegou para tratar do assunto, mas reconhece que   o entendimento de que o Sistema Integrado de Monitoria e Protecção (SIMP) inclui as empresas PROINDICUS, EMATUM e MAM.

“Eu trabalhei com o Comando Operativo e eles trouxeram as propostas. E esse trabalho foi feito com base na confiança. Fiz um despacho em que delegava o poder de negociação aos ministros da Defesa e do Interior e ao Director-Geral do SISE”, disse o antigo Estadista, tendo acrescentado que foram feitos estudos que mostraram que o projecto era viável.

Armando Guebuza assumiu que manteve contacto com os gestores da Privinvest, mas não sabe dizer até que ponto isso influenciou para o sucesso na busca de financiamento do projecto de Protecção da Zona Económica Exclusiva.

Nesse contexto, a Procuradora Ana Sheila Marrengula questionou o declarante sobre o conteúdo de uma carta enviada pelo empresário Iskandar Safa, dono da Privinvest, ao declarante, tendo dito que não se lembra em que contexto Safa lhe enviou a carta, nem do despacho que fez após a recepção da mesma.

Guebuza  durante interrogatório reiterou que “havia ameaças que punham em causa a soberania dos moçambicanos no seu próprio território”, por isso para resolver esses problemas eram preciso reforçar a segurança.

O Juiz Efigénio Baptista quis saber se o réu Armando Ndambi Guebuza, filho do declarante, lhe entregou alguma brochura para avaliação de um projecto. Uma pergunta que ficou sem resposta após protesto do advogado do réu, Isálcio Mahanjane.

“Segundo a lei, o Tribunal não pode fazer perguntas ao pai sobre factos imputados ao filho”, referiu Mahanjane, tendo citado a disposição legal que sustenta o princípio.

O antigo Estadista disse que só conheceu o réu Teófilo Nhangumele após a sua prisão, uma vez que está no mesmo estabelecimento penitenciário com o seu filho.

“Não me lembro da reunião que orientei onde Nhangumele apresentou o parecer financeiro do projecto, porque só o conheci agora que está preso com o meu filho lá, no Língamo”, referiu.

Questionado se tomou conhecimento que a sua secretária recebeu dinheiro da Privinvest, respondeu positivamente, acrescentando que foi Inês Moiane quem o informou, antes do arranque do processo criminal.

 

Audição a Armando Emílio Guebuza prossegue amanhã às 10 horas, com questões da Ordem dos Advogados de Moçambique, assistente no processo.

De referir que o julgamento do “caso dívidas ocultas” arrancou por volta das 11h30 desta quinta-feira. O atraso da sessão onde foi   ouvido o antigo Presidente da República, Armando Guebuza, na qualidade de declarante, deveu-se a problemas de corrente eléctrica, na Cadeia de Máxima Segurança.

Views: 20

Agostinho Muchave https://tv.jornalvisaomoz.com

Agostinho Julião Muchave ou simplesmente Agostinho Muchave, é um cidadão moçambicano, nascido em Massinga, Inhambane, a 13 de Novembro de 1986. Muchave, cresceu em Maputo cidade e província onde chegou nos princípios de 1988 com sua família que fugia da pobreza absoluta e dos conflitos militares que assolavam aquela região da zona sul do país.
Em Maputo, Agostinho Muchave, teria encontrado refúgio junto de sua família com apoio de alguns conhecidos de seu pai(Julião Nhiuane Gemo Muchave), após residir na residência de seus avós maternos na cidade de Maputo(Alto-Maé), por mais de 4 anos. Muchave apesar de ter nascido no meio à guerra de desestabilização do país provocada pela Renamo, conseguiu sobreviver e como muitos jovens tem muito por contar.
Muchave, diferente de muitas crianças da época, só conseguiu estudar numa escola oficial aos 10 anos, fazendo a 1ª classe. Aliás no mesmo ano em que o mesmo entra para escola, faz duas classes sendo uma por cada semestre chegando ao ano de 1997 já na terceira classe. “Frequentei aquelas duas classes no mesmo ano porque a escola estava a fazer experiência, sendo que eramos os alunos de primeira via e com idade muito superior, viu-se a instituição puxar-nos e também experimentar outro nível pois era uma escola da igreja Católica”, conta.
Muchave, fez o seu ensino primário em diversas escolas devido a falta de vagas na altura para estudar numa escola pública, mas em 1999 consegue a proeza e em 2003 entra para o ensino técnico profissional, fazendo seu nível técnico em serralharia Mecânica no Instituto Industrial e Comercial da Matola, donde só saiu nos finais de 2006. Frustrado em 2007 por não ter conseguido fazer o curso de professor devido a falta de fundos, Muchave decide ir atrás do seu sonho de Adolescência, “fazer rádio”.
Ainda no ano de 2007, Agostinho Muchave acompanhado do seu amigo e vizinho Nélio Nairrimo, saem com destino a Rádio Trans Mundial, onde vieram a conseguir vaga para aprender e estagiar em matérias de Jornalismo Básico, Edição e Produção bem como apresentação de programas e radionovelas.
A experiência foi muito boa até que em agosto de 2008 Agostinho Muchave, sai junto do seu amigo da Rádio Trans Mundial e abraçam a recém formada Rádio Cidadania(100.9FM). Naquela rádio cruzam com o gestor da mesma João da Silva Matola, que em troca de produzirem Gingles da Rádio e Publicidades, continuam sua carreira como parceiros e colaboradores da mesma.
A parceira só viria a durar 4 meses, sendo em 2009, Agostinho Muchave decide abraçar uma nova área profissional, passando a trabalhar como assistente de contabilidade e estafeta de uma empresa sedeada aqui em Maputo, pertencente a uma família indiana.
Agostinho Muchave, trabalhou por 6 meses e o bicho de rádio tomou conta dele que dispensava algum tempo para continuar a gravar radionovelas na Rádio Cidadania isso ainda em 2009. Mesmo fascinado em ganhar dinheiro, Muchave decide em 2011 após uma série de eventos insatisfatórios abraçar a comunicação como seu único meio até que Deus o tenha. No ano 2011 em Agosto, Muchave volta a Rádio Cidadania, esta que já estava num endereço novo além do da Marien Ngoabi, e por lá fica Chefe do Departamento de Marketing e Publicidade e daí continua a produção de programas, bem como auxiliando o seu companheiro de trincheira Nélio Nairrimo na área técnica.
Agostinho Muchave, curioso e criativo, começou seu interesse pela Electrotecnia, chegando a fazer formação Online na matéria, com tutores do Brasil em Diagnóstico e Reparação de equipamentos informáticos. Agostinho Muchave, para além de ser responsável de Marketing e Publicidade na Rádio, colaborou também para a Associação Moçambicana para Promoção da Cidadania que é proprietária da Rádio Cidadania como assistente de Comunicação e Imagem durante 2 anos.
Agostinho Muchave para de Ser Jornalista é produtor de programas de rádio, música, roteirista de radionovelas, trabalho que o faz profissionalmente desde 2014. Agostinho Mcuchave após seu percurso com ONG´s e rádios, em Maio de 2013 entrou para a Rádio Voz Coop, a qual é colaborador até a data actual. No meio deste percurso de Rádio Jornalista, formado no nível Médio, fez uma formação em Finanças Públicas, Contabilidade Geral e Financeira, Género e Mulher, WebDesigner, Indesigner, Gestor de Redes Sociais e Criador de Aplicativos usando várias linguagens informáticas e softwares, tendo criado várias rádios online de Moçambique e Websites de diversas instituições e respectivas redes sociais, engajadas e em funcionamento.
Devido a sua peculiar curiosidade pela Tecnologia, Agostinho Muchave, está neste momento a desenhar uma rede social aliada o novo projecto em busca de financiamento denominado Visão Novo Moçambique Tv & Rádio. No recente projecto, o jovem comunicador busca a popularização da liberdade de opinião e imprensa através da internet num país onde as políticas ainda se negam a oficializar os canais de rádio e tv bem como jornais pela internet, “negando assim a liberdade de imprensa e expressão como se pretende no país”.
“A tomada de qualquer decisão sobre as políticas e o futuro de cada cidadão devem ser feitos de maneira informada e com conhecimento de causa e consequências. Isso eu chamo de liberdade de escolha. E não o que vivemos em que alguém comenta e é alvo de perseguição ou mesmo morto”, realça o Jornalista.
Agostinho Muchave é responsável desde 2018 pela execução e realização do Jornal Visão, uma entidade registada em Moçambique em nome de Cátia Mondlane, que viu o empenho do jovem e o entregou para a gestão aquele órgão de informação. Muchave, já colaborou com várias instituições públicas e privadas e continua fazendo esse trabalho na área de design e formação em matérias de comunicação e jornalismo como é o caso do Instituto Superior Gwaza Muthini, Ministério do Interior(Relações Públicas) e diversos jornais como GENERUS, NÓS, Visão, GWAZANEWS, BOLETINS DAS DIRECÇÔES PROVINCIAIS DE SAÚDE e com outras ONG´s como é o caso do CIP, REDE DA CRIANÇA, Associação dos Defensores dos Direitos da Criança, Óptica Vista Alegre, Southland Waters e muio mais.
Não pode caber em dez parágrafos a história e percurso de um homem cuja capacidade é inestimável e o conhecimento é vasto.

Você também pode gostar

Mais do autor